quinta-feira, 8 de março de 2012

MARCINHA VOLUME II

Oie! Bom, cá estou escrevendo a primeira página do meu livro, volume II rsrsr.
Já estou morando em minha casa (alugada) faz 8 dias! Fui à praia uma tarde e uma noite! E estava lindo! Lua cheia, ventinho gelado, pessoas caminhando na areia. A faixa de areia aqui é enorme! Tem uma trilha pra chegar no mar, tem dunas, barzinhos e mto surfista!
Hj veio todo o restante de coisas que eu tinha deixado lá no meu tio! E como eu tenho coisas! Credo!!! Estou apanhando pra guardar tudo, colocar ordem em tudo!
Já cozinhei, fiz um macarrãozinho básico com legumes refogados! E tenho saído quase toda noite com a minha amiga, tomamos umas cervejas, rimos e nos distraímos!
Eu passo por um momento completamente novo em minha vida! Está mto interessante! Tenho que tomar conta de tudo sozinha! Da um medo sabem! Mas to na pista pra isso né?
A minha casinha fica no sotão de um prédio!  Bate mto sol aqui, isso é bom! Só que esquenta pra caramba! Fim do mês já tenho um gasto extra! Ventiladores pra todos os cômodos! rs
O sol tem sido guerreiro aqui!
Amanha eu já tenho plantão, então não poderei continuar a arrumação!
Hoje é dia internacional da mulher e como presente recebemos a lista de músicas que o Dinho Ouro Preto gravou em seu cd de interpretações! Fiquei emocionadíssima... Ele gravou a música do muse que adoro! Time is running out...
A música de trabalho chama-se nothing comperse 2 u é linda!
Vejam no link: http://redutodorock.com.br/redutodorock/site/2012/03/08/dinho-ouro-preto-faz-covers-de-elvis-eddie-vedder-e-muse-em-disco-solo/
Tem umas 6 músicas que já conversei a respeito com ele, mas não sabia q todas entrariam! Que lindo isso! kkkkkkkkkk
É isso pessoas, estou vivendo um momento bom da vida!
Beijos e até breve! Vista da minha cozinha!

sexta-feira, 2 de março de 2012

FINALIZANDO UM LIVRO!

Olá, como estão todos¿ (e a porra da interrogação ainda ta virada!)
                Hoje venho escrever para registrar o término de um livro! O livro da minha vida volume I! Essa noite eu comemoro a última noite nesta casa. Aqui morei durante 12 anos, cheguei com 19 anos, recém tinha perdido meu pai, estava sem rumo algum! Minha mãe com a doença em franca evolução, minha irmã adolescente revoltada e eu tendo de sair da adolescência às pressas pra tentar dar um equilíbrio a minha família desestruturada! Eu também estava revoltada, não sabia mais em que acreditar, não sabia mais o que era ser feliz! A minha base familiar tinha sido arrancada de mim, tive que engolir o sofrimento e tentar mostrar algum equilíbrio para minha mãe e irmã! Para os demais a impressão que ficou foi que eu não amava meu pai!
                É engraçado como somos julgados, tentamos esconder nossos sentimentos e somos chamados de frios, calculistas, se demonstramos somos umas manteigas derretidas, escandalosos. Como se comportar numa sociedade tão cruel¿ Pessoas da própria família diziam que eu gostava mais do meu gato que de meu pai. Vi minha irmã abandonar a escola, vi minha mãe piorar, vi as lágrimas da humilhação sendo derramadas no rosto de minha mãe, vi a dor, a saudade, a tristeza de perto, aliás, vivi tudo isso!
                Eu queria sair, viajar, “curtir, ficar à toa e viver numa boa” como todo adolescente quer, mas não podia! Eu tive a ajuda de meu tio, eu e minha irmã nos revezávamos para fazer o café da manha da família dele, limpávamos a casa e dividíamos o tempo restante para estudar e ficar com a mãe! Acordávamos as 5 da manha para começar o café, a mesa tinha que estar pronta as 6 por que os primos tinha que ir pra aula, as 5:55 corríamos para comprar o pão, que deveria ser fresquinho, nada de pão amanhecido! Tudo tinha que ser fresquinho! Era um tormento acordar cedo! Quem me conhece sabe que eu odeio acordar cedo!  Em troca disso, meu tio pagava meu curso de enfermagem e a escola da minha irmã!
                Minha mãe recebia uma mísera pensão, a gente fazia e acontecia com aquele dinheirinho! Eu juntava durante os meses, o que tinha de troco, com um pouco do que a mãe dava pra gente pra eu poder ir pra Curitiba ver meus queridos amigos de lá! A mãe sabia q eu era infeliz aqui, que nunca quis vir morar aqui! Mas eu não tinha outra escolha! O tempo foi passando, eu fiz vestibular, passei e cursei a faculdade, junto com o curso técnico! Minha irmã não tava nem aí! Não valorizou o colégio que estudava, reprovou e se revoltou de vez, aos 17 anos ela resolveu ir embora!  Antes disso acontecer choramos mto! Ouvimos mto!
                Eu entendo que uma outra família morando em sua casa seja terrívelmente “invasor”, entendo que atrapalhar uma rotina foi horrível, entendo que a liberdade e privacidade foram tiradas, entendo que nosso jeito de viver era mto diferente do deles! Então a gente tentava não se mostrar, tentava ficar quieto, tentava não falar, tentava não sorrir! Até hoje eu sou assim! Gostaria de ser invisível em vários momentos! Mas parece que tudo q fazíamos parecia afrontar todos! Foi mto complicado! Mas a gente não tinha liberdade e privacidade nenhuma, éramos controladas nos horários de chegada, saída, dormir, acordar, comer, ver TV, enfim ... Um quartel quase! Estávamos fragilizadas, tristes, sem perspectiva alguma de futuro, perdemos nosso porto seguro, os amigos ficaram distantes, a vida reiniciava e de uma forma tão sofrida!

                Várias vezes pensei besteiras, várias vezes vi minha mãe pedindo p meu pai vir buscá-la, várias vezes odiei tudo e todos! Mas terminei o curso, segui na faculdade, fiz concurso, passei e 4 anos depois me chamaram! Durante esse tempo, eu fui agente de saúde pra ajudar no orçamento da casa e ter um extra pra mim né¿ Gastava em Curitiba! Rsrsr
                Minha irmã foi embora, a gente não tinha dinheiro pra ajudar ela sempre! Ela acabou engravidando, saiu do colégio e teve que se virar! Minha mãe piorando, acabou indo para uma cadeira de rodas, ela era pesadinha! Tinha que colocar e tirar da cadeira, dar banho, as vezes ela se afogava e era um deus nos acuda! Rs. Minha coluna era um caco nesse período!
                Então eu comecei a trabalhar, o dinheiro entrou em casa e já não éramos tão dependentes assim dos meus tios, já conseguia sair um pouco mais, msm assim tinha que pagar alguém pra ficar com a mãe! Foi nessa época que comecei a vida capitaliana, que vcs já sabem de cor!
                A partir desse momento, vcs já sabem mais ou menos de minha vida!


                O que importa dizer é que cresci aqui, aprendi a dar valor para as pequenas coisas, para os bons momentos, que felicidade completa não existe, desacreditei de muitos sentimentos e crenças, não sou completamente alegre, mas não deixo que a tristeza tome conta de mim.
                Perdi minha amada mãe, ganhei grandes amigos, aprendi o que é solidão, aprendi que posso chorar, aprendi que estar aqui é uma constante luta!
                E espero que a partir de amanha essa luta seja mais leve, sem julgamentos daqueles que estão bem próximos de mim, que eu consiga dar conta de tudo que uma vida adulta exige que eu tenha maturidade para administrar.
                Termino o volume I de minha vida e início o volume II! Vamos ver o que essas páginas vão registrar!
                Obrigada a todos que torceram e torcem por mim! E até amanha! Segunda feira teremos um novo post!
Beijos
Marcinha