segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

MÃE!


10/12/12

            Como disse uma amiga: “Hoje é um dia de muita reflexão pra mim.”
            Dois anos atrás eu perdia a pessoa que me colocou no mundo, que me ensinou a sorrir quando só tinha motivos para chorar, que se agarrou no sonho se de ver suas filhas crescidas e bem, para sobreviver.


            Minha mãe era uma mulher que não desista! Teve sua vida marcada por muita dificuldade, doença, perdas, humilhações, mas o SORRISO estava sempre estampado em seu roso! Ela queria ver suas filhas vivendo o que ela, aos 34 anos, foi impedida de viver. Ela adoeceu, parou de dar aulas, meu amado pai que sustentou a família, trabalhando, muitas vezes, mais de 24 horas por dia.



            Já no fim da vida minha mãe, dependia totalmente de outra pessoa para comer, se vestir, fazer suas necessidades fisiológicas... Eu trabalhando não conseguia dar conta. Acabou indo para uma casa de repouso e cuidados. Todos os dias esperava que eu a visitasse ou ligasse e claro, que eu fazia isso sempre, porque eu não conseguia ficar sem vê-la.
            Fui criada para cuidar dela, para estar com ela e o dia que ela foi para essa casa foi um dos dias mais tristes da minha vida e com certeza da dela também. Mas ela se habituou bem mais rápido que eu.
            Ela estava sempre tão contente à minha espera...
            E um dia ela se foi, não sei pra onde, não sei se existe um “onde”, mas se existe, ela está no melhor lugar possível, junto de meu pai, tomando o chimarrão que gostavam, assistindo TV.

           
              A saudade é tão grande...
            Dois anos se passaram e aprendi a tocar minha vida com essa dor. Não sei muito bem o que mais eu tenho pra fazer aqui, minha maior alegria e ocupação era estar com ela. Hoje estou comigo, e só comigo!
            Bom gente, desculpem aí o tom de tristeza, mas é impossível pra mim, escrever sem esse tom. O que tenho a dizer é que esse é o único tipo de amor que acredito, esse sim é incondicional!E que mesmo depois da morte, permanece vivo e pulsante no core.
            É isso! A saudade do toque desajeitado, do cheirinho de mãe, do cabelo, dos olhos, das pequenas discussões e do colo, me fazem muita falta!

                                   Obrigada pessoas!
Beijos!
Marcinha


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